Biblioteca para eles e não só


Este espaço serve para divulgar e sugerir algumas leituras para os nossos filhotes.

"Ler é dar alimento à alma, saciar o espírito, acalma o ego.
Dar asas à imaginação é permitir-se evoluir, sem medo de ser feliz"
Lurdinei de Souza Lines Coelho





“A história que vou contar passou-se há muito e muito tempo, numa terra que muitos arados revolveram, muitos pés pisaram, muitos rios sulcaram, muitas árvores cobriram, muitas secas secaram.” É este o delicioso estilo de António Torrado, autor que publicou este conto pela primeira vez em 1972. Agora, vem acompanhado pela beleza e sensibilidade das ilustrações de Cristina Carvalhas, também ela com um estilo que a diferencia das modas de ilustração contemporânea.
O Veado Florido é uma história sobre a liberdade, escrita numa época em que só pronunciar a palavra era perigoso. Um senhor rico estava rodeado de “uma colecção singular de animais nunca vistos”. Trazidos pelos criados, habitavam gaiolas douradas. Um dos exploradores que forneciam os animais ao palácio descobriu um veado de hastes floridas e logo o caçou, na mira de avultada recompensa. Não teve sorte.
Assim que se sentiu preso, o veado perdeu as flores. Mesmo na Primavera, “as hastes continuaram secas como raízes arrancadas da areia”. Só quando o homem rico desistiu de todos os animais e enxotou também o veado, é que as hastes de novo se “cobriram de folhas luzidias, quase transparentes, e de flores muito brancas”. O homem rico nunca as viu. Ainda bem.




http://blogues.publico.pt/letrapequena/2016/01/30/quem-quer-ser-astronauta/

“Todas as noites, quando o Sol se deita no horizonte, os derradeiros raios de luz iluminam o céu num maravilhoso espectáculo de cores. À medida que a noite se aproxima, essas cores dão lugar a um céu escuro e profundo, coberto por uma tapeçaria de estrelinhas brilhantes. Essas estrelas e a escuridão entre elas são a maior coisa que existe: o Universo!”
Bela maneira de começar um livro sobre o espaço, as galáxias, a Terra, o Sol, a Lua, mas também sobre a vida que conhecemos e as vidas que desconhecemos.“Estamos sozinhos no Universo ou haverá outras crianças, algures num planeta longínquo, a olhar para o céu e a pensar o mesmo?”




"O livro começa com um ponto cinzento no meio da página e uma pergunta directa: “Podemos começar?” Depois, pede-se ao leitor que “chame” as cores: “Bate com um dedo no ponto cinzento. Vais ver, elas vão aparecer.” Ao virar a página, a criança verá alguns pontos coloridos dispersos, com a seguinte informação: “Ah, aqui estão elas! No início, são um pouco tímidas. Bate mais um bocadinho.” Segue-se um plano mais colorido e cheio. “Estão a chegar! Mas ainda faltam algumas… Bate uma última vez.” As páginas seguintes ficam então pintadas de mais cores ainda. “Ah, muito bem! Estão aqui todas. Pousa a tua mão sobre elas, fecha os olhos e conta até cinco.”"



http://blogues.publico.pt/letrapequena/2016/01/04/a-vida-dificil-de-um-rapaz-com-cara-de-coelho/
Uma criatura estranha dentro de uma masmorra mal iluminada e cheia de ratos é a primeira imagem que este livro nos oferece.
“Olá, o meu nome é Gastão. Gastão Latife. Pode não parecer, mas sou um menino como qualquer outro”, apresenta-se o protagonista, que tem cara de coelho (ou de rato, segundo alguns). A acompanhá-lo está um cão cheio de pulgas e um pirilampo apagado (preferiu ter voz a ter luz).





Inspirar e expirar é muito mais do que um mero processo de circulação do ar. Se está convencido de que todos sabemos respirar, este livro vai ser-lhe útil. Se está convencido do contrário, esta história também é para si. Um menino está inquieto e não consegue adormecer: “Não sei… sinto-me nervoso e a minha cabeça não deixa de pensar, pensar e pensar…”, diz à mãe. Fica dado o mote para que esta o ensine a respirar. Coloca-lhe um barquinho de papel sobre a barriga, pede-lhe que se imagine uma onda do mar e assim o leva a exercitar a respiração abdominal, prática que se vai perdendo à medida que crescemos...Tudo caminhos para que a criança se ligue ao corpo e ao mundo, explore a sua interioridade e se abra à transcendência.





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